segunda-feira, 10 de maio de 2010

O desafio do Mountain Bike - Jornal Alô Belo








Felipe Miranda conta sua participação na Cape Epic na África do Sul


Depois de superar oito dias de competição, com provas duras na Cape Epic, na África do Sul, o atleta mineiro, Felipe Miranda, tem uma certeza: quer voltar no ano que vem para vencer mais um desafio e ficar entre os 50 primeiros colocados. A Cape Epic na África do Sul acontece sempre no mês de março e, neste ano, reuniu mais de 40 países e cerca de 600 duplas.

– "É a maior prova de Ultra Maratona em Mountain Bike do mundo, são oito dias de competições em mais de 700 quilômetros. Esse ano, participei pela segunda vez e espero voltar”, antecipa – Felipe, que contou com apoio do ALOBELO, ficando em 88º lugar na geral e em 66º na categoria masculino.




Segundo o atleta, a competição exige uma preparação pesada e reúne os melhores praticantes de mountain bike do mundo. “É uma prova muito dura, tem dias que pedalamos mais de 120 quilômetros com muitas subidas. Os melhores atletas do mundo estão presentes e, para conseguir uma vaga não é tão simples, temos que entrar em um sorteio ou ser convidado pela organização”, explica.

Felipe não mediu esforços para participar da Cape Epic. Ele conta que uma competição dessas exige muito mais do que pedaladas, é preciso preparar o corpo para todo tipo de desafio. “Minha preparação específica para a prova começou em outubro, cheguei a fazer 14 dias de treinos consecutivos em mountain bike com até seis horas de duração. Paralelo a tudo isso, fiz musculação três vezes por semana e fui acompanhado por uma nutricionista esportiva”, conta Felipe.

Chegar à final de uma competição como essa é uma vitória, segundo o atleta e muitos competidores acabam desistindo porque ficam desidratados, se acidentam ou têm problemas com o equipamento. O condicionamento físico é um fator importante para superar todas as etapas da Cape Epic, que é realizada na Cidade do Cabo. “Numa prova dessas, nosso principal adversário somos nós mesmos. Sem dúvida, esse foi o maior desafio que já enfrentei, mas como gosto muito de treinamento esportivo e de mountain bike, tive o maior prazer do mundo para me preparar especificamente para essa prova, então consegui superar todos os obstáculos e me diverti bastante”, garante Felipe Miranda.


O resultado deste ano ainda não foi o ideal segundo Felipe, que quer voltar em 2011 e ficar entre os 50 primeiros. O atleta também tem metas a serem cumpridas aqui no Brasil. “Gostaria de correr mais uma vez o Cape Epic na África do Sul com o objetivo de terminar entre as 50 primeiras duplas, mas para este ano, pretendo correr provas de longa duração de um dia como o “5 horas de MTB”, que acontece em Belo Horizonte, prova na qual fui campeão em 2009. Além disso, quero estrear no “12 horas de MTB”, que acontece em São Paulo. No final do ano, em novembro, será realizada pela primeira vez a Claro Brasil Ride, uma prova de Ultra Maratona nos moldes do Cape Epic da África. Espero estar presente também”, diz.

Felipe Miranda começou a competir em 1999, quando participou do Iron Biker Brasil, que é realizado na região de Ouro Preto (MG). Desde aí, não parou mais. “Comecei no esporte com o incentivo do meu tio e padrinho quando tinha uns 14 anos, trabalhava com bicicletas em oficinas e lojas e, hoje, sou formado em Educação Física, trabalho com treinamento esportivo e treino atletas de ciclismo, mountain bike, triathlon e corrida de aventura”, lembra.